Vencedores e perdedores das Eleições 2024 em Santa Catarina
As eleições de 2024 em Santa Catarina trouxeram mudanças e novidades. Candidatos como João Rodrigues, Topázio Neto e Orvino Coelho d’Ávila, todos do PSD, lograram vitória nas urnas com 83,01%, 58,49%, e 41,41% dos votos válidos respectivamente.
Figuras como Dário Berger, Gean Loureiro e Adeliana Dal Pont foram derrotados nas urnas. O governador Jorginho Mello participou ativamente de várias campanhas de candidatos de seu partido, o Partido Liberal (PL) que também saiu como grande vencedor, conquistando 90 prefeituras, seguido pelo MDB, com 70, pelo Progressistas (PP) com 53, PSD com 41 e PSDB com 13 prefeituras, O PT elegeu 2 prefeitos. PDT, nenhuma.
A análise das eleições de 2024 em Santa Catarina mostra um cenário político em que PL e PSD saem fortalecidos. O PSDB permanece enfraquecido, o PP manteve algumas prefeituras. O PT permanece como coadjuvante na política catarinense.
Principais vencedores das eleições 2024
João Rodrigues e seu impacto na política local
João Rodrigues, atual prefeito de Chapecó, obteve uma vitória impressionante nas eleições municipais de 2024, sendo reeleito com 82,86% dos votos, um indicativo claro de seu altíssimo índice de aprovação entre os chapecoenses. Sua gestão foi marcada por um forte foco em infraestrutura, saúde e educação, o que reforçou sua imagem como um administrador eficaz e presente. Ele conseguiu ampliar ainda mais seu prestígio político na região oeste de Santa Catarina, destacando-se como um líder consolidado no cenário estadual..

O apoio massivo da população reflete sua capacidade de liderança, com uma gestão que vem sendo constantemente reconhecida tanto pelos avanços em serviços públicos quanto pela proximidade com a comunidade. João Rodrigues, ao longo de seu mandato, trabalhou para manter Chapecó em constante crescimento, especialmente no desenvolvimento econômico e melhorias urbanas.
Com essa reeleição, João Rodrigues se consolida como um dos principais nomes para disputar o governo de Santa Catarina em 2026. Seu sucesso administrativo e seu histórico de vitórias nas urnas o transformam em uma figura de peso no PSD e no cenário estadual, sendo um forte candidato à sucessão de Jorginho Mello.
Orvino Coelho d’Ávila: Planejamento e resultados percebidos

Orvino Coelho D’Ávila (PSD) foi reeleito prefeito de São José em 2024 com 41,41% dos votos válidos, vencendo no primeiro turno. Sua principal adversária foi Adeliana Dal Pont (PL), que ficou em segundo lugar com 33,2% dos votos. Orvino capitalizou a confiança em sua gestão, marcada por forte apoio popular e alianças políticas. Ele se manteve competitivo mesmo após divergências políticas com antigos aliados, como Adeliana. Em sua administração, a população voltou a perceber investimentos e ações da prefeitura em infraestrutura viária relevantes. A vitória consolida seu controle político em São José e reflete sua capacidade de articulação local. Seu nome se fortalecerá ainda mais com a conclusão de obras em andamento e de outros projetos que serão realizados em sua administração nos próximos quatro anos.
Topázio Neto: Uma nova liderança em Santa Catarina

Topázio Neto (PSD) foi reeleito prefeito de Florianópolis nas eleições de 2024 com 58,49% dos votos válidos, garantindo a vitória já no primeiro turno. Ele recebeu 161.839 votos, enquanto o segundo colocado, Marquito (PSOL), obteve 22,29%. A campanha de Topázio destacou sua gestão anterior e sua coligação ampla, que incluía partidos como Republicanos, MDB e PL. Sua vitória reflete a aprovação popular e a força política na capital catarinense, consolidando sua liderança para o próximo mandato.
A influência do Governador Jorginho Mello
Nas eleições municipais de 2024 em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) foi um dos principais articuladores políticos do estado, dedicando grande parte de seu tempo à campanha de candidatos do Partido Liberal (PL). A atuação de Jorginho se mostrou estratégica, resultando em uma forte presença do PL no cenário político catarinense. O partido conquistou o maior número de prefeituras, elegendo 90 prefeitos, o que representa aproximadamente 30,5% dos municípios do estado.
Esses resultados demonstram que, embora o PL tenha consolidado sua posição como força política dominante em várias partes do estado, a influência de Jorginho Mello e sua base conservadora não foi suficiente para vencer em todos os cenários, especialmente nas maiores cidades. A manutenção dessa liderança dependerá de como o PL conseguirá administrar o grande número de prefeituras que assumirá.
Os derrotados no pleito de 2024
Adeliana Dal Pont
A candidatura de Adeliana Dal Pont (PL) à prefeitura de São José em 2024 começou com promessas de continuidade e progresso, contando com o apoio de grandes figuras do Partido Liberal, como o governador Jorginho Mello e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com experiência administrativa após duas gestões como prefeita, Adeliana buscou reafirmar sua capacidade de liderança para um terceiro mandato.

Um dos maiores obstáculos para Adeliana foi a rejeição de muitos eleitores conservadores, que viam sua filiação tardia ao PL como um movimento oportunista. Embora tenha recebido apoio de líderes conservadores e tenha enfatizado valores tradicionais em sua campanha, parte do eleitorado conservador não a enxergava como uma candidata genuína desse espectro político, devido à sua trajetória anterior em outro partido. Essa desconfiança, somada ao apoio já consolidado de Orvino, fragilizou sua base eleitoral, que não viu em Adeliana uma representante legítima das bandeiras do bolsonarismo e do PL.
A derrota de Adeliana reflete a dificuldade de conquistar novamente um espaço político já ocupado por outros nomes fortes da direita. Mesmo com um plano de governo que abordava o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida, sua mensagem não conseguiu reverter a percepção de oportunismo entre os eleitores mais fiéis ao PL. O resultado consolidou a liderança de Orvino e demonstrou que o apoio partidário e de grandes figuras políticas não foi suficiente para superar as barreiras criadas pela própria história política de Adeliana.
Partido dos Trabalhadores e Lela
Catarinenses mais uma vez confirmaram a rejeição ao PT, com a sigla elegendo apenas dois prefeitos em Santa Catarina qualquer prefeito em municípios de médio ou grande porte. A sigla e o PSOL conseguiram eleger vereadores na capital onde ainda obtém apoio ideológico de estudantes, sindicalistas e servidores públicos.
O candidato do PT a prefeitura de Florianópolis fez questão de associar a sua imagem ao do presidente Lula o que resultou na quinta colocação no pleito com 5,78%. A respeito desse número pode ser dito que é, no mínimo, preocupante considerando que o PT está governa o país. Na prática, expõe a rejeição maciça da população à sigla. A propaganda política da sigla em horário eleitoral deu atenção especial a atacar o ex-presidente Bolsonaro, assunto alheio ao interesse de um pleito municipal.
Dario Berger e Gean Loureiro
A campanha de Dário Berger para a prefeitura de Florianópolis em 2024, apoiada por Gean Loureiro, acabou sendo marcada por uma derrota significativa. Dário, que concorreu em aliança com o PSDB e União Brasil, não conseguiu superar a popularidade do prefeito Topázio Neto, que venceu já no primeiro turno, garantindo sua reeleição até 2028. Loureiro, ex-prefeito de Florianópolis, tentou transferir seu capital político para Berger, após romper com Topázio, mas o desgaste eleitoral de Gean, somado à força da campanha de Topázio, foi determinante para o resultado negativo.

A aliança entre Berger e Loureiro, apesar de ter sido vista inicialmente como uma união estratégica, não conseguiu mobilizar o eleitorado de forma significativa. Loureiro, que já havia sofrido uma derrota no pleito estadual de 2022, viu seu patrimônio eleitoral enfraquecer. Mesmo com uma chapa que prometia experiência e competência, Berger não conseguiu competir com a administração bem avaliada de Topázio
Dessa forma, o cenário deixou Topázio consolidado na liderança da cidade, enquanto Loureiro e Berger saem enfraquecidos, com a necessidade de repensar suas estratégias políticas futuras.