O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou desconfiança sobre a real disposição de Vladimir Putin para encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração surgiu após uma conversa de cerca de 15 minutos com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Basílica de São Pedro, durante o funeral do papa Francisco, no Vaticano.
Segundo o governo ucraniano, o breve encontro foi considerado simbólico e com potencial para se tornar histórico, caso resultados concretos surjam. Trump utilizou sua rede Truth Social para apontar que os recentes ataques russos a áreas civis indicariam falta de compromisso de Moscou com a paz.
Trump e Zelensky no Vaticano: uma conversa simbólica
A reunião ocorreu em meio a uma cerimônia solene que reuniu líderes mundiais e criou espaço para diálogos estratégicos. Zelensky, em Roma, buscou reforçar alianças fundamentais para a resistência ucraniana. A Casa Branca descreveu o encontro como “muito produtivo”, sugerindo uma reaproximação importante.

Putin e a guerra: sinais contraditórios
Mesmo com afirmações de Moscou sobre a disposição para negociar sem pré-condições, as ofensivas militares recentes indicam outra direção. A retomada da região de Kursk, anunciada pelo Kremlin, desmente, na prática, qualquer recuo. Dados de monitoramento militar apontam intensificação de combates na fronteira, cenário que dificulta avanços diplomáticos.
O papel de Trump nas negociações de paz
Trump, que já havia declarado estar perto de um acordo entre Rússia e Ucrânia, tenta fortalecer sua imagem como potencial mediador. O empresário Steve Witkoff, seu enviado em Moscou, estaria articulando possibilidades de cessar-fogo. Mesmo assim, fontes do Pentágono demonstram cautela com os sinais emitidos pelo Kremlin.
Europa e os apelos por uma paz duradoura
Durante a visita a Roma, Zelensky manteve reuniões com Ursula von der Leyen, Giorgia Meloni, Emmanuel Macron e Keir Starmer. As lideranças europeias reiteraram apoio a uma solução justa e duradoura. Informes diplomáticos apontam que a prioridade europeia é garantir que Kiev não aceite termos que fragilizem sua soberania.
Fragilidade militar e pressão política sobre a Ucrânia
O cenário no campo de batalha impacta diretamente a posição ucraniana nas negociações. A ofensiva russa em Kursk e a manutenção dos bombardeios intensificam a pressão sobre Zelensky. Relatórios da inteligência europeia indicam que a capacidade de resistência ucraniana enfrenta limites críticos.
Impactos da atitude de Trump no cenário internacional
As manifestações públicas de Trump sobre o conflito repercutem entre aliados e adversários. Analistas políticos avaliam que a incerteza projetada por Washington neste momento pode redesenhar a dinâmica das tratativas. Especialistas em relações internacionais apontam riscos de um novo alinhamento pró-Rússia caso Kiev perca apoio estratégico vital.