A nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Potecas, em São José, segue com atraso de um ano e preocupa autoridades e moradores. Durante vistoria nesta terça (6), o prefeito Orvino Coelho cobrou urgência da Casan para concluir a obra, considerada decisiva para eliminar as lagoas de estabilização da região.
Com a promessa de entregar parte da estação até dezembro, a Casan terá de enfrentar exigências técnicas e ambientais, além da insatisfação popular. A administração municipal articula reunião com o IMA para acelerar o aterramento das lagoas, etapa crucial para a recuperação da área.
Cobrança pública por mais agilidade da Casan
A visita da comitiva municipal ao canteiro de obras da ETE de Potecas serviu para pressionar a Casan a cumprir o cronograma. A presença de vereadores, secretários e lideranças locais evidenciou a insatisfação com a lentidão. O prefeito ressaltou que a nova estrutura representa uma vitória após anos de impactos causados pela antiga estação.

Impactos ambientais das lagoas de estabilização
As lagoas abertas usadas no antigo sistema têm histórico de gerar odor, contaminação e degradação ambiental. A desativação delas figura como demanda urgente da comunidade de Potecas e adjacências. O plano de recuperação ambiental prevê aterramento controlado e requalificação da área.
Nova ETE trará aumento de 42% na capacidade de tratamento
Segundo dados técnicos apresentados pela Casan, a ETE de Potecas terá capacidade inicial de depuração de 600 litros por segundo, o que significa um salto de 42% em relação à atual capacidade das lagoas. A nova estrutura deverá atender uma população crescente, com foco em saneamento eficiente e redução de danos ambientais.
Obra caminha com apenas 50% da execução funcional
Embora a parte estrutural esteja com 70% de avanço, a Secretaria de Planejamento apontou que a funcionalidade da estação ainda se encontra pela metade. Isso porque a montagem eletromecânica e instalações operacionais seguem atrasadas, o que leva a projeção de mais um ano para a conclusão total.

IMA será envolvido no processo de aterramento das lagoas
Para viabilizar a devolução da área das lagoas à cidade, a prefeitura de São José busca articular uma reunião com o Instituto do Meio Ambiente. O objetivo será discutir a metodologia de aterramento, critérios técnicos de segurança ambiental e o cronograma viável para desmobilização definitiva das lagoas.
Projeto prevê parque urbano no lugar das lagoas
Após o aterramento, a área das lagoas deverá ser transformada em espaço de lazer. A criação de um parque público atenderá a uma carência histórica da comunidade por áreas verdes. O projeto visa compensar os anos de convivência com os efeitos do esgoto a céu aberto.
- Obra da ETE de Potecas apresenta atraso de um ano
- Prefeito exige conclusão parcial até dezembro
- Nova estação terá capacidade de 600 l/s na primeira etapa
- Lagoas de estabilização serão desativadas após aterramento
- Área degradada dará lugar a parque urbano comunitário
- Apenas 50% da ETE está funcional, segundo Planejamento