A Estação de Tratamento de Esgoto Insular, em Florianópolis, avançou mais uma etapa importante nas obras de ampliação conduzidas pela CASAN. Foram concretadas a casa de sopradores, os biofiltros e a caixa divisora de fluxo. A operação utilizou cerca de 60m³ de concreto, o equivalente a oito caminhões betoneira, marcando uma nova fase na infraestrutura do esgotamento sanitário da capital.
As estruturas servirão como base para tecnologias que aumentam a eficiência do tratamento, como os sopradores que injetam ar para estimular a decomposição da matéria orgânica. A expectativa é que a ETE alcance uma capacidade quase três vezes maior, atingindo vazão de até 612 litros por segundo.

Concretagem e estrutura da estação
A laje superior da casa de sopradores e biofiltros passou por uma concretagem precisa, que exige etapas técnicas rigorosas. O processo começa com a montagem das fôrmas e armaduras de aço, segue com o preenchimento com concreto, passa pelo adensamento e entra na fase de cura. Esse procedimento garante resistência estrutural e durabilidade, essenciais para suportar equipamentos e operações contínuas.
Especialistas envolvidos nas obras apontam que a eficiência da concretagem depende diretamente da qualidade dos materiais e do controle técnico durante a aplicação. O concreto passa por hidratação controlada, o que evita fissuras e deformações ao longo do tempo. Após a cura, as fôrmas são removidas, e o processo pode ser repetido em outras estruturas.
Tecnologia de biofilme e controle de odores
As obras vão abrigar a tecnologia MBBR (Moving Bed Bio Reactor), com anéis plásticos que formam um biofilme aderente à superfície interna dos tanques. Microrganismos se fixam nesse biofilme e decompõem com maior eficiência a matéria orgânica presente no esgoto. Essa tecnologia acelera o tratamento e reduz o impacto ambiental, mesmo em volumes elevados de efluente.

Além do reator biológico, os equipamentos incluem sistemas de purificação de ar, destinados a reduzir odores emitidos na fase preliminar do tratamento. Isso melhora a convivência com áreas vizinhas e reforça o compromisso ambiental da CASAN.
Ampliação da capacidade e investimento internacional
O projeto de ampliação da ETE Insular envolve um investimento total de R$ 245 milhões, obtido junto à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). A nova estrutura deve triplicar a capacidade atual da estação, aumentando sua eficiência no controle de poluentes e garantindo tratamento terciário com remoção de nutrientes específicos.
Esse avanço se insere em um esforço mais amplo de modernização do saneamento básico em Santa Catarina. A ETE Insular se posiciona como um modelo de estação sustentável, com tecnologia internacional aplicada à realidade local.
- Nova concretagem inclui casa de sopradores e biofiltros
- Tecnologia MBBR acelera decomposição com uso de biofilme
- ETE Insular vai triplicar capacidade com até 612L/s
- Controle de odores integra sistema de purificação de ar
- Investimento internacional de R$ 245 milhões via JICA