A cidade de São José, em Santa Catarina, foi reconhecida nacionalmente com o projeto “Escola do Meio Ambiente – 25 anos semeando e cultivando a Educação Ambiental”, que venceu a 5ª edição do Prêmio Nana Mininni Medina. A premiação ocorreu na Conferência Internacional de Educação Ambiental (CIEDUCA), em Bento Gonçalves (RS), reunindo especialistas, educadores e ambientalistas de todo o país.
A conquista veio após uma disputa com outros quatro finalistas, em que o projeto josefense foi escolhido como o mais relevante na categoria Educação Ambiental Formal. A trajetória da escola, localizada no bairro Forquilhas, é marcada por práticas pedagógicas sustentáveis que envolvem diretamente professores e alunos em iniciativas contínuas de conscientização ambiental.
Educação Ambiental como política pública
Com base na Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), o município consolidou uma rede de ensino voltada à formação crítica e cidadã. A Escola do Meio Ambiente integra esse esforço como referência prática, oferecendo vivências que vão além da teoria, em consonância com os eixos curriculares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Projetos aplicados nas escolas incluem trilhas ecológicas, hortas comunitárias, observação de fauna e reciclagem aplicada, promovendo aprendizado ativo e engajamento ambiental desde a infância.
Práticas sustentáveis consolidadas há 25 anos
Desde sua criação, a Escola do Meio Ambiente construiu uma pedagogia própria voltada à sustentabilidade. A metodologia utilizada alia práticas ecológicas ao cotidiano escolar e familiar dos alunos, reforçando o papel social da educação.
Em seu histórico, constam ações como o plantio de mudas nativas, controle de resíduos sólidos e campanhas de proteção da biodiversidade urbana. As oficinas e vivências são organizadas com apoio técnico de biólogos e pedagogos, articulando ciência e cidadania.
Reconhecimento reforça compromisso local
A premiação nacional foi celebrada como reflexo de um compromisso coletivo. Segundo a secretária de Educação, Cláudia Macário, o protagonismo dos estudantes e a dedicação dos educadores vêm sustentando essa política ambiental há décadas.
A diretora da Escola do Meio Ambiente, Cinthya Persike, pontuou que o prêmio coroa uma abordagem crítica e contínua, voltada à transformação social. Já o prefeito Orvino Coelho de Ávila destacou o envolvimento de toda a rede de ensino com práticas alinhadas à legislação ambiental brasileira.
Impacto científico e técnico das ações
Relatórios pedagógicos demonstram que os projetos da escola têm impacto direto no desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos. A partir de abordagens de Regulação Sensorial, como no projeto NARES, os educadores incorporaram princípios da neurociência ao ensino ambiental, oferecendo experiências sensoriais que ampliam a aprendizagem.
Estudos da área de educação ambiental indicam que o envolvimento com a natureza na infância está diretamente relacionado a maior senso de responsabilidade ecológica e bem-estar emocional.
Destaque para iniciativas complementares
Além do prêmio principal, o município também brilhou com a Creche Menino Jesus, que empatou na categoria com o projeto NARES – Natureza e Regulação Sensorial. A proposta ampliou o alcance das ações sustentáveis para a educação infantil, com foco no desenvolvimento sensorial e emocional.
Ambos os projetos foram declarados campeões pela comissão julgadora, demonstrando a força coletiva da rede de São José em políticas públicas ambientais efetivas.
- São José venceu prêmio nacional de Educação Ambiental com projeto de 25 anos
- Escola do Meio Ambiente aplicou ações contínuas com base na PNEA
- Projeto integra práticas sustentáveis ao currículo da rede municipal
- Educação sensorial e experiências ecológicas são parte da metodologia
- Prêmio reconhece impacto pedagógico e ambiental da iniciativa
