O terceiro Encontro MPE, em Florianópolis, reuniu empreendedores para debater o futuro dos pequenos negócios em Santa Catarina. O secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, levou ao público as diretrizes do governo para fomentar a economia local, destacando o compromisso com o equilíbrio fiscal e a geração de empregos.
A presença do secretário foi mais do que simbólica: abriu espaço para ouvir quem empreende na prática. Em seu discurso, mostrou como decisões estratégicas vêm fortalecendo o setor produtivo e criando uma base sólida para o crescimento sustentável do estado.

Ambiente de negócios mais favorável
Durante sua fala, Cleverson Siewert deixou claro que o ambiente de negócios catarinense não depende só de incentivos fiscais. Citou a importância de uma máquina pública enxuta, capaz de responder com agilidade às demandas do setor produtivo. O modelo adotado pelo governo vem aliando responsabilidade com estímulo, criando um ciclo virtuoso onde investimento público e atividade econômica caminham juntos.
As medidas adotadas incluem controle rigoroso dos gastos e ampliação de políticas voltadas ao empreendedorismo. A aprovação recente de um pacote de incentivos reforça essa estratégia, garantindo mais segurança para quem decide investir no estado.
Números que sustentam o protagonismo dos pequenos
Santa Catarina abriga quase 350 mil empresas sob o regime do Simples Nacional e MEIs. Juntas, essas empresas movimentaram mais de R$ 160 bilhões em 2024 e sustentam meio milhão de empregos formais. Esses dados revelam não apenas a força do setor, mas sua relevância na economia estadual.
Não se trata de retórica, mas de reconhecimento estatístico: os pequenos negócios são a base da economia catarinense. A partir disso, o governo estabelece políticas direcionadas e cria mecanismos que eliminam entraves e fortalecem a competitividade das empresas locais.
Investimentos públicos e impacto direto
Com R$ 4,4 bilhões investidos em 2024, Santa Catarina experimentou um crescimento notável na aplicação de recursos públicos. O número representa aumento significativo em relação ao ano anterior e posiciona o estado entre os que mais investem proporcionalmente no país.

Essa movimentação orçamentária não surge ao acaso. Segundo dados técnicos da Secretaria da Fazenda, a redução de 2,7% nas despesas administrativas em 2023 — em meio a uma inflação de 4,6% — indica uma virada de eficiência. O resultado permitiu a reorientação de recursos para áreas como infraestrutura, educação e inovação.
Projetos que conectam o presente ao futuro
Entre os exemplos mais estratégicos está o investimento de R$ 324 milhões na dragagem do canal da Baía da Babitonga, ampliando a capacidade portuária do Norte do estado. Com isso, Santa Catarina passa a receber embarcações de até 366 metros e se insere de forma mais competitiva no comércio internacional.
A projeção é de que essa obra movimente R$ 15 bilhões em apenas um ano e atraia R$ 10 bilhões em investimentos privados. Um modelo de projeto estruturante que não apenas resolve gargalos logísticos, mas impulsiona cadeias inteiras da economia regional.
Escuta ativa como ferramenta de gestão
Ao abrir espaço para o diálogo direto com empreendedores, o governo demonstra disposição para fazer ajustes finos nas políticas públicas. A presença no evento do Sebrae e da AMPE Metropolitana não foi apenas institucional, mas estratégica.
A aposta em ouvir quem vive os desafios do empreendedorismo tem potencial de gerar soluções mais eficazes. A escuta ativa passa a integrar o processo decisório, fortalecendo a legitimidade das ações adotadas e ampliando a confiança dos investidores.
- Santa Catarina abriga quase 350 mil micro e pequenas empresas
- Investimentos públicos em 2024 ultrapassaram R$ 4,4 bilhões
- Incentivos renovados reforçam apoio ao setor produtivo
- Eficiência administrativa gerou economia de R$ 1 bilhão em 2023
- Governo aposta em obras estruturantes para atrair bilhões em capital privado