Profissionais da saúde de Santa Catarina reuniram-se em Florianópolis para um desafio inédito: o primeiro Campeonato Catarinense de Reanimação Cardiopulmonar. O evento avaliou protocolos de urgência e premiou a equipe formada pelo socorrista Leandro Wagner de Souza e pelo policial científico Marcos Aurélio Lima.
A disputa fez parte do II Simpósio Catarinense de Emergências Clínicas, que movimentou a capital em agosto. O torneio trouxe visibilidade à importância da técnica de reanimação cardiopulmonar, considerada vital em atendimentos de parada cardiorrespiratória.

Campeonato de Reanimação Cardiopulmonar
A competição reuniu 40 equipes de diferentes municípios catarinenses. Avaliadores analisaram critérios como compressões torácicas, ventilação bolsa-válvula-máscara e execução de protocolos em manequins eletrônicos. A tecnologia utilizada permitiu mensurar a qualidade das intervenções com precisão, recurso adotado em treinamentos avançados de suporte de vida.
Leandro Wagner de Souza, que atua há 11 anos no SAMU da capital, relatou ter passado duas semanas de preparação intensa. A conquista representou mais que um prêmio: simbolizou a capacidade de resposta rápida em cenários de risco iminente à vida.
A importância da técnica correta
Estudos da American Heart Association demonstram que cada minuto sem reanimação adequada pode reduzir em até 10% a chance de sobrevivência da vítima. Compressões torácicas bem executadas mantêm a circulação mínima de oxigênio até a chegada de suporte avançado, reforçando o papel da capacitação constante.
As equipes vencedoras mostraram que a técnica depende de prática contínua, avaliação de parâmetros objetivos e atualização frente aos protocolos internacionais. O treinamento, quando aliado a simuladores de alta fidelidade, fortalece o preparo das equipes e eleva a taxa de sucesso em atendimentos críticos.
Integração entre ciência e prática
O simpósio que abrigou o campeonato reuniu médicos, enfermeiros, técnicos e estudantes. Discussões sobre emergências cardiovasculares e novas tecnologias ampliaram o alcance do encontro, que destacou a relevância da cooperação entre diferentes áreas do cuidado pré-hospitalar.
A presença de simuladores eletrônicos, capazes de fornecer feedback em tempo real, reforçou a ligação entre ciência aplicada e prática assistencial. A incorporação desses recursos em treinamentos tende a reduzir erros e aumentar a efetividade do atendimento inicial.
SAMU e seu papel estratégico
O SAMU segue como porta de entrada em situações de urgência, acionado pelo número 192. Casos de parada cardiorrespiratória exigem respostas rápidas, e a preparação das equipes representa fator decisivo para a sobrevida dos pacientes.
Os treinamentos e disputas competitivas não se limitam à premiação. Eles consolidam protocolos, incentivam a atualização científica e preparam profissionais para enfrentar emergências de alta complexidade.
- Evento reuniu 40 equipes de saúde em Santa Catarina
- Socorrista de Florianópolis e policial científico venceram disputa
- Técnicas de compressão e ventilação avaliadas em manequins eletrônicos
- Competição integrou simpósio sobre emergências clínicas
- RCP correta aumenta chances de sobrevivência em paradas cardíacas
