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Câmara tenta barrar STF, mas Lula e Barroso resistem à anistia

A decisão da Câmara dos Deputados de suspender a ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) esbarrou em reação imediata do Supremo Tribunal Federal. Mesmo após ofício formal do presidente da Casa, Hugo Motta, o STF manteve posição de restringir os efeitos da sustação, alegando limitações jurídicas. O impasse reacende a tensão entre os Poderes, com foco na constitucionalidade da medida.

O caso atinge diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus do processo que investiga os atos de 8 de janeiro. Apesar da articulação política e do respaldo do artigo 53 da Constituição, o STF adota interpretação que fragiliza a atuação do Legislativo. O movimento alimenta denúncias de abuso de poder por parte da Corte e conivência do governo federal.

STF e o uso político da Justiça

A conduta do Supremo diante da Resolução 18/25 evidencia uma seletividade incomum. Mesmo respaldada por artigo constitucional, a decisão da Câmara foi rebatida por ministros como Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, que apontaram limites à imunidade parlamentar. A justificativa para manter parte da ação penal ativa ignora que a sustação é prerrogativa exclusiva do Legislativo, não condicionada à análise do Judiciário.

Câmara tenta barrar STF, mas Lula e Barroso resistem à anistia
Hugo Motta oficializa suspensão de ação contra Ramagem e desafia STF
Presidente da Câmara envia ofício ao STF após aprovação de projeto que beneficia réus por tentativa de golpe, reacendendo o embate entre Poderes.

Constituição desrespeitada em nome da governabilidade

A carta constitucional prevê que deputados e senadores não podem ser processados por atos após a diplomação sem autorização da própria Casa. A Resolução aprovada segue esse preceito, mas o STF insiste em contrariar essa prerrogativa. Em vez de respeitar os trâmites da República, os ministros agem como censores do Parlamento, comprometendo a separação dos Poderes.

Lula silencia e chancela articulação judicial

O Palácio do Planalto mantém postura ambígua. Sem se manifestar contra a decisão do STF, o governo Lula se beneficia da continuidade dos processos para controlar a oposição e blindar sua base. O silêncio do Executivo diante da escalada do Judiciário é interpretado como consentimento estratégico. A convergência entre STF e governo evidencia um projeto de poder que ultrapassa os limites institucionais.

Anistia como ponto de ruptura entre Congresso e Corte

A movimentação em defesa da anistia expõe o racha entre o Congresso e o STF. A mobilização do dia 7 de maio, que levou milhares à Esplanada, contou com apoio de líderes religiosos e políticos conservadores. A votação-relâmpago na Câmara, sem espaço para debates no plenário, foi resposta direta ao clamor das ruas. Ainda assim, o Supremo insiste em desconsiderar o recado popular e parlamentar.

Ministério Público erra e STF manipula processo

O relator Alfredo Gaspar destacou que o Ministério Público unificou todos os réus em uma denúncia ampla, mesmo ciente do foro privilegiado de alguns. A escolha comprometeu o devido processo legal. Em vez de corrigir o erro, o STF usa a falha como justificativa para manter o controle do processo, inclusive sobre figuras como Bolsonaro e Ramagem. O expediente jurídico vira instrumento político.

Judiciário atua como poder moderador ilegítimo

A tendência do STF de reinterpretar prerrogativas do Legislativo e manter ações penais apesar de decisões parlamentares revela um padrão autoritário. A Constituição não confere à Corte o poder de rever resoluções da Câmara sem afrontá-la diretamente. A tentativa de relativizar imunidades e sustações é um alerta: o Judiciário se posiciona como instância superior à República, rompendo a harmonia entre os Poderes.

  • Câmara sustentou suspensão com base no artigo 53 da Constituição
  • STF ignorou ofício oficial e manteve processo contra Ramagem
  • Alexandre de Moraes e Zanin limitaram alcance da Resolução 18/25
  • Lula não contestou decisão do STF, reforçando aliança com a Corte
  • Ministério Público foi acusado de falha técnica ao unificar denúncia
  • Mobilização por anistia cresce, mas enfrenta resistência institucional

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