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CASAN amplia coletas ambientais no Saco Grande e monitora impacto do esgoto.

A CASAN intensificou o monitoramento ambiental na região do Saco Grande, em Florianópolis, com a realização de novas coletas de água e sedimentos. As amostragens fazem parte do projeto de implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário e ocorreram na última semana em dez pontos estratégicos, incluindo a Baía Norte e os rios Vadik e Pedro Bide.

As análises ajudam a medir a qualidade ambiental e acompanham os efeitos do lançamento irregular de esgoto. Os dados também indicam a eficiência do tratamento na Estação de Tratamento de Efluentes João Paulo, importante para conter a contaminação na região urbana e costeira.

Monitoramento ambiental contínuo no Saco Grande

As coletas ocorrem a cada trimestre desde novembro de 2020, antes mesmo do início das obras sanitárias. Dez pontos fixos recebem atenção: sete próximos à Estação Ecológica de Carijós e três em áreas urbanas dos bairros Monte Verde e Saco Grande. Essa metodologia oferece uma visão longitudinal da evolução ambiental da região.

CASAN amplia coletas ambientais no Saco Grande e monitora impacto do esgoto.
CASAN amplia coletas ambientais no Saco Grande e monitora impacto do esgoto.

A série histórica obtida já cobre 22 campanhas consecutivas. A continuidade nas análises viabiliza uma base sólida de comparação entre períodos com e sem infraestrutura sanitária instalada, o que contribui para decisões técnicas e regulatórias.

Qualidade da água e sedimentos sob análise

Os dados coletados informam a presença de matéria orgânica, metais pesados, nutrientes e bactérias. Esses parâmetros permitem compreender o grau de comprometimento da biota local e a saúde dos ecossistemas. Segundo o coordenador do programa socioambiental do SES Saco Grande, Luís Pukanski, as comparações com a situação anterior ao projeto são fundamentais para aferir os impactos reais da implantação da rede de esgoto.

Nas áreas urbanas, o lançamento clandestino de efluentes domésticos segue como o maior vilão. Nos canais e nos rios, a falta de saneamento refletia-se em níveis elevados de contaminação. As medições atuais ajudam a apontar onde as intervenções geram resultados práticos.

Fitoplâncton e o alerta para eutrofização

Na baía, o monitoramento inclui o acompanhamento de florações de fitoplâncton. Chamados de “blooms”, esses episódios revelam desequilíbrios causados pelo excesso de matéria orgânica, oriunda de esgotos e resíduos urbanos. O fenômeno de eutrofização desencadeia a queda nos níveis de oxigênio na água, afetando peixes e outros organismos aquáticos.

O rastreamento dessas florações fornece um indicador sensível da qualidade da água e da saúde do ecossistema marinho. A CASAN mantém vigilância ativa, especialmente nos trechos que sofrem mais com a pressão urbana.

Investimento internacional e controle ambiental rigoroso

O Sistema de Esgotamento Sanitário, que atende os bairros João Paulo, Monte Verde e Saco Grande, recebe aporte de R$ 196 milhões. Os recursos têm origem na Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e financiam tanto a construção quanto os programas ambientais, todos aprovados pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

Entre esses programas, o de monitoramento hídrico é o mais longevo e estratégico. A escolha por manter a análise mesmo após o início das obras reflete a prioridade da CASAN em garantir que os impactos positivos se consolidem ao longo do tempo.

  • Monitoramento trimestral acompanha evolução ambiental desde 2020
  • Coletas ocorrem em rios urbanos e na Baía Norte, junto à ESEC Carijós
  • Análises avaliam impacto da ausência e da chegada do saneamento básico
  • Florações de algas indicam desequilíbrio causado por matéria orgânica
  • Investimento de R$ 196 milhões financiado por cooperação japonesa

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