A Estação de Tratamento de Esgotos de Canasvieiras, em Florianópolis, recebe reforço estratégico com a contratação de um novo módulo reserva. A CASAN priorizou um modelo de projeto avançado, incorporando ferramentas de alta tecnologia para garantir maior eficiência e segurança durante a operação, especialmente nas épocas de maior demanda.
Esse avanço tecnológico sinaliza um novo momento para o setor de saneamento em Santa Catarina. Ao integrar metodologias como o BIM, a Companhia adota uma abordagem mais inteligente na concepção de obras, otimizando processos e recursos e estabelecendo um padrão mais elevado de qualidade técnica.
Tecnologia BIM amplia precisão nos projetos da CASAN
O novo módulo da ETE Canasvieiras nasce a partir da metodologia BIM (Building Information Modeling), que transforma a maneira como se planeja e executa construções de engenharia. Trata-se de um modelo digital tridimensional e informacional, onde o projeto ganha vida antes mesmo de ser construído, permitindo antecipar decisões e prever falhas com grande antecedência.

Na prática, BIM favorece a integração entre orçamento, cronograma e design, promovendo maior agilidade e previsibilidade nas etapas de implantação. O engenheiro Felipe Góes, da Coordenação de Portfólio da CASAN, aponta que a adoção dessa tecnologia já demonstrou impactos positivos em produtividade e assertividade de obras anteriores da companhia.
Essa metodologia, adotada mundialmente em projetos de infraestrutura, garante não apenas melhor visualização, mas controle mais rigoroso dos recursos investidos. Segundo a McKinsey & Company, o uso de BIM pode reduzir até 20% dos custos de construção em grandes projetos.
Unidade reserva reforça tratamento de esgoto em alta temporada
Durante os meses de verão, a região de Canasvieiras registra um dos maiores fluxos turísticos da capital. A capacidade da ETE chega a dobrar para atender a demanda, o que exige planejamento técnico mais robusto. Em fevereiro, a unidade operou com uma vazão de 693,29 m³ por hora, cobrindo o atendimento de quase 45 mil pessoas.
Nesse contexto, a instalação de uma unidade reserva não apenas complementa a estrutura existente, mas garante continuidade no tratamento mesmo diante de picos de utilização. O novo módulo espelhará a operação da atual estação compacta, funcionando como respaldo imediato para situações emergenciais ou sobrecargas sazonais.
A estratégia adotada antecipa possíveis gargalos, reduz riscos operacionais e reforça o compromisso da CASAN com a qualidade ambiental das águas da região.
Modelagem digital reduz falhas e agiliza decisões
Entre os benefícios técnicos do BIM está a redução significativa de retrabalhos. A criação de um modelo virtual completo permite que as equipes técnicas identifiquem interferências, ajustes ou inconsistências de projeto antes mesmo da execução em campo. O resultado direto: menos desperdício e maior economia.
Felipe Costa Leite, gerente de projetos da CASAN, destaca que decisões técnicas críticas passam a ser mais fundamentadas. Isso porque o modelo tridimensional facilita a validação da solução projetada, garantindo que o planejamento da obra reflita fielmente as necessidades do território e dos usuários.
Com esse nível de detalhamento, decisões que levariam dias ou semanas em sistemas tradicionais se resolvem com maior rapidez, otimizando a comunicação entre projetistas, gestores e operacionais da obra.
Eficiência e inovação marcam nova fase da CASAN
Nos últimos anos, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento tem ampliado o uso de ferramentas inteligentes em seus empreendimentos. A adoção do BIM não é isolada, mas parte de uma diretriz que busca modernizar desde a concepção até a execução e gestão das obras.
Amir Cougo Cardoso, gerente do projeto de implantação do BIM, reforça que a iniciativa eleva o padrão da companhia ao incorporar práticas internacionais à realidade local. A modernização dos processos técnicos visa melhorar a qualidade da entrega final, ao mesmo tempo em que garante transparência e melhor uso dos recursos públicos.
Essa abordagem contribui para que a CASAN acompanhe a evolução tecnológica do setor de infraestrutura e saneamento, com ganhos diretos na operação das unidades e na prestação de serviços à população.
Impactos ambientais e urbanos com soluções mais seguras
Obras de saneamento bem planejadas reduzem significativamente os impactos ambientais nas cidades. Ao apostar em tecnologias mais precisas e escaláveis, como o BIM, a CASAN atua de forma preventiva na proteção dos recursos hídricos e na manutenção da balneabilidade dos mares catarinenses.
O novo módulo da ETE Canasvieiras deve proporcionar mais estabilidade ao sistema de esgoto local, sobretudo em períodos de alta ocupação. Isso contribui para preservar o turismo, evitar a contaminação de corpos d’água e cumprir com as metas de sustentabilidade urbana.
A inovação empregada em projetos como este revela como o saneamento básico vem deixando de ser apenas uma obra de engenharia e passa a ser uma solução estratégica para o desenvolvimento das cidades.
- Tecnologia BIM permite integração entre orçamento, cronograma e projeto
- Estação de Canasvieiras atende até 45 mil pessoas na alta temporada
- Novo módulo garante segurança e continuidade no tratamento de esgoto
- Modelagem 3D reduz falhas e retrabalhos na fase de obras
- CASAN fortalece atuação com inovação e práticas sustentáveis