A cidade de São José entra no recesso escolar de julho com um alerta claro da Guarda Municipal: casas vazias viram alvos fáceis para criminosos. Com grande parte da população se ausentando para viajar, medidas simples podem evitar furtos e garantir férias mais seguras.
O comandante Diego Molina detalha que ações como conversar com vizinhos, monitorar correspondências e evitar postagens em redes sociais se mostram decisivas. O foco está em desestimular qualquer sinal visível de que a residência está desocupada.

Segurança doméstica começa com a vizinhança
Coordenação entre moradores de um mesmo quarteirão tem se mostrado um dos mecanismos mais eficazes de prevenção. A troca de contatos, a vigilância mútua e o compromisso coletivo com o bem-estar da rua contribuem para detectar movimentações suspeitas. Segundo Molina, deixar um telefone de emergência com os vizinhos agiliza o tempo de resposta em caso de anomalias.
Comprovadamente, bairros com histórico de colaboração entre vizinhos registram menos ocorrências de furto em períodos de férias, segundo dados compilados por órgãos municipais de segurança. A prática de vigilância cruzada reforça a sensação de segurança e inibe a ação de criminosos.
Redes sociais como ferramenta de risco
Publicações despretensiosas durante viagens podem ser interpretadas como convites involuntários à invasão. A Guarda Municipal alerta que informações compartilhadas digitalmente percorrem caminhos incalculáveis e, muitas vezes, sem filtros. Fotos com localização ativada, check-ins e frases como “agora só volto na segunda” fornecem dados preciosos a quem busca casas vazias.
Plataformas digitais são constantemente monitoradas por criminosos em busca de pistas. O alerta se estende a comentários em grupos de bairro, onde desatenção com a privacidade pode comprometer a segurança da família.
Cadeados à mostra: um erro estratégico
Trancar portões com cadeados visíveis é um dos sinais mais claros de ausência prolongada. A orientação da Guarda é posicioná-los do lado interno ou usar mecanismos menos evidentes. O mesmo vale para correspondências acumuladas: jornais e cartas não recolhidos indicam que ninguém está em casa.
Suspender entregas periódicas e pedir a colaboração de vizinhos para recolher a correspondência reduz significativamente essa exposição. Em áreas com histórico de furtos, esse tipo de detalhe pode fazer toda a diferença.
Automação e simulação de presença
Recursos como timers automáticos para acionar luzes à noite e aparelhos de som com desligamento programado criam a ilusão de que a casa continua habitada. Luzes acesas durante o dia, ao contrário, chamam atenção negativa. Instalar sensores de movimento e câmeras conectadas ao celular amplia o controle mesmo a distância.
Dados técnicos do Instituto de Tecnologia em Segurança Urbana apontam que sistemas de automação reduzem em até 60% a chance de invasões, principalmente em imóveis sem vigilância presencial. São medidas simples, com custo acessível e retorno expressivo.
Crianças em locais públicos exigem supervisão
Viagens em família também exigem atenção reforçada com os menores. A Guarda Municipal enfatiza que locais turísticos e movimentados aumentam o risco de perda momentânea de crianças ou exposição a golpes. Ensinar as crianças a não falarem com desconhecidos, memorizar dados de contato dos pais e usar pulseiras de identificação são medidas indispensáveis.
Ocorrências envolvendo crianças desacompanhadas crescem durante o mês de julho. A orientação é manter supervisão visual constante e redobrar cuidados em pontos de aglomeração como praias, shoppings e feiras.
- Avise vizinhos e deixe contato para emergências
- Evite divulgar a viagem em redes sociais
- Instale timers para luzes e simule presença
- Mantenha cadeados e correspondência fora de vista
- Oriente as crianças em locais públicos movimentados