Palestras, rodas de conversa e produção de materiais informativos marcaram o Maio Laranja nas escolas estaduais de Santa Catarina. Com ações distribuídas ao longo de maio, estudantes de diferentes regiões foram orientados sobre como identificar, reagir e denunciar situações de abuso sexual infantil.
As atividades foram coordenadas por núcleos especializados da Secretaria da Educação, reforçando o papel da escola como espaço de acolhimento e prevenção. A proposta engajou professores, alunos e famílias numa campanha que ultrapassou os muros escolares.
Maio Laranja mobiliza rede pública para enfrentamento ao abuso
A campanha nacional ganhou força em SC com a atuação direta das Coordenadorias Regionais de Educação. Oficinas temáticas, vídeos educativos, cartazes e folders circularam pelas salas de aula, despertando atenção para sinais de abuso e incentivando o diálogo.

Relatos colhidos durante as atividades demonstraram que muitos estudantes não compreendiam que determinadas situações configuravam violência. A escuta atenta e mediada por profissionais capacitados permitiu que dúvidas fossem esclarecidas sem exposição ou julgamento.
Estudantes assumem protagonismo na prevenção
A produção de vídeos, textos e desenhos criou espaços de expressão segura. Alunos se tornaram agentes de conscientização ao compartilhar mensagens de apoio e alerta entre colegas. A linguagem escolhida, muitas vezes mais próxima do cotidiano, ampliou o alcance da campanha.
Em algumas unidades, estudantes organizaram painéis e performances, colocando em cena situações fictícias inspiradas em casos reais. O teatro, usado como ferramenta pedagógica, favoreceu a empatia e a compreensão do impacto do abuso.
NEPRE fortalece atendimento e articulação institucional
O Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (NEPRE), da Secretaria de Estado da Educação, garantiu suporte técnico e psicológico durante todo o período da campanha. Cada unidade escolar pôde contar com profissionais preparados para acolher denúncias e orientar encaminhamentos.
Além da equipe interna, o NEPRE articulou ações conjuntas com órgãos como o Conselho Tutelar, o Ministério Público e os serviços de saúde e assistência. A integração entre setores facilitou respostas mais rápidas e precisas para situações emergenciais.
Abordagem técnica amplia eficácia das ações
A campanha envolveu formação continuada para os professores, com base em orientações científicas sobre psicologia do trauma, comportamento infantil e protocolos de atendimento. A literatura especializada sustenta que o ambiente escolar exerce papel fundamental na revelação dos abusos, sendo muitas vezes o primeiro espaço onde a vítima se sente segura.
Pesquisas indicam que ações educativas recorrentes reduzem o tempo entre a ocorrência do abuso e a denúncia, diminuindo os danos emocionais e facilitando a responsabilização dos agressores.

Realidade local orienta projetos nas escolas
Cada unidade da rede estadual teve autonomia para adaptar o Maio Laranja à realidade do seu território. Regiões com maior vulnerabilidade social intensificaram atividades com apoio da rede intersetorial, priorizando o acesso à informação em comunidades com histórico de subnotificação.
A escuta ativa, aliada à valorização das vivências locais, permitiu que o conteúdo fosse transmitido de forma mais significativa. Professores relataram aumento da confiança dos alunos e maior engajamento nas discussões sobre proteção da infância.
• Atividades envolveram oficinas, vídeos, teatro e rodas de conversa
• NEPRE atuou com suporte multiprofissional e articulação com órgãos externos
• Formação técnica para educadores usou dados científicos e protocolos de segurança
• Estudantes participaram ativamente com produções criativas e falas públicas
• Campanha respeitou a diversidade regional, adaptando ações conforme o contexto