A Estação de Tratamento de Esgoto Insular, localizada em Florianópolis, segue com obras para modernização e ampliação de sua estrutura. A mais recente fase envolveu a concretagem das bases da Casa de Sopradores e Biofiltros, além do Tanque de Contato de Cloro, que desempenham papéis essenciais no tratamento biológico e na desinfecção dos efluentes.
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) coordena o projeto, que inclui a construção de novas unidades de tratamento e a reforma de equipamentos operacionais. A implementação do modelo MBBR (Moving Bed Biofilm Reactor) promete otimizar a remoção de carga orgânica e melhorar a eficiência do sistema.
ETE Insular e os avanços na infraestrutura
Os trabalhos de concretagem empregaram cerca de 17 metros cúbicos de concreto, distribuídos em dois caminhões betoneira. A Casa de Sopradores e Biofiltros será a unidade destinada a abrigar equipamentos do tratamento biológico, enquanto o Tanque de Contato de Cloro garantirá a desinfecção do efluente antes do descarte final.

Paralelamente, outras frentes de obra ocorrem na estação. Entre as principais intervenções estão a construção do Tanque de Lodo Adensado e da Caixa Divisora de Fluxo, além da reforma do Decantador Secundário, que passou por impermeabilização e substituição da ponte rolante e raspadores.
Modelo MBBR e sua eficiência no tratamento de esgoto
A modernização da ETE Insular prevê a adoção do sistema MBBR, tecnologia que utiliza biofilmes para maximizar a decomposição da matéria orgânica e a conversão de compostos nitrogenados. Esse modelo reduz o tempo de tratamento e amplia a capacidade da unidade sem necessidade de grandes expansões físicas.
Pesquisas indicam que sistemas baseados em biofilmes apresentam maior resistência a variações de carga e melhor remoção de poluentes. Em operação desde 1993, a ETE Insular se adequa às diretrizes ambientais atuais, promovendo um impacto positivo na qualidade dos efluentes tratados.
Investimentos e impacto ambiental
As obras recebem um aporte de R$ 245 milhões, com financiamento garantido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Os recursos permitem a modernização completa da infraestrutura, garantindo maior eficiência operacional e melhor tratamento dos efluentes despejados no meio ambiente.
Com a ampliação, a capacidade de tratamento será significativamente aprimorada, reduzindo a carga poluidora dos despejos urbanos. Estudos técnicos demonstram que a adoção de novas tecnologias em estações de tratamento reduz em até 80% os impactos ambientais associados ao descarte inadequado de esgoto.
Principais pontos da modernização da ETE Insular
- Concretagem das bases da Casa de Sopradores e Biofiltros e do Tanque de Contato de Cloro.
- Construção de novas estruturas de tratamento e reforma de unidades existentes.
- Implementação do sistema MBBR para maior eficiência no tratamento biológico.
- Investimento de R$ 245 milhões garantido pela JICA.
- Redução da carga poluidora e melhoria da qualidade dos efluentes tratados.