A operação “Linha Segura” mobiliza forças de segurança para reprimir a venda e o uso de linhas com cerol e chilena em Palhoça. A ação acontece após o aumento das denúncias e do risco de acidentes com motociclistas, ciclistas e pedestres na cidade, especialmente no outono, quando o uso de pipas cresce.
Desde o início de junho, a fiscalização se concentra em comércios suspeitos e áreas de soltura de pipas, onde há maior presença desses materiais cortantes. A iniciativa reúne Prefeitura, Guarda Municipal, PM, PROCON, Fiscalização de Posturas e Secretaria da Fazenda.
Perigo real das linhas com cerol
Produzidas com cola e vidro moído, as linhas com cerol e chilena provocam cortes profundos e podem ser letais. Técnicos da saúde pública classificam o material como de alta periculosidade, com potencial lesivo comparável ao de lâminas. Em motociclistas, os ferimentos no pescoço podem levar à morte em segundos, o que motivou legislações como a Lei Estadual 11.698/2001, que proíbe o uso desse tipo de linha em Santa Catarina.
O cerol torna-se ainda mais perigoso em vias de tráfego intenso, onde o contato com a linha pode acontecer a qualquer instante. Em casos já registrados, vítimas foram encaminhadas em estado grave para hospitais, algumas com lesões irreversíveis. A proibição não se limita à fabricação ou comercialização: portar ou usar o material também é considerado infração.
Atuação conjunta e denúncias da população
A operação se vale de denúncias anônimas para mapear regiões críticas, como praças e campos de futebol usados para empinar pipas. Moradores têm contribuído com imagens, vídeos e relatos. Essa mobilização comunitária fortalece o trabalho da fiscalização.
Equipes mistas inspecionam estabelecimentos e recolhem produtos ilegais. Comerciantes flagrados comercializando cerol ou linha chilena são autuados e podem responder administrativamente. No caso de reincidência, o estabelecimento corre o risco de ter o alvará suspenso.
Como denunciar o uso ou venda ilegal
A população de Palhoça dispõe de dois canais diretos para denunciar: o número 190, da Polícia Militar, e o 153, da Guarda Municipal. O anonimato é garantido, e cada denúncia é registrada e encaminhada à equipe de campo.
A articulação entre poder público e comunidade tem sido decisiva para resultados mais rápidos e eficazes. Em apenas três dias de operação, mais de 40 rolos de linha com cerol foram apreendidos em estabelecimentos da região central e bairros do norte da cidade.
- Linhas com cerol ou chilena provocam ferimentos graves e podem matar
- Operação “Linha Segura” atua em Palhoça com fiscalização e denúncias
- Lei estadual proíbe uso e comercialização desses materiais em SC
- Comerciantes podem ter o alvará cassado por reincidência
- Denúncias podem ser feitas pelo 190 ou 153
