A Assembleia Geral da FloripAmanhã mostrou que o desenvolvimento de Florianópolis pode caminhar lado a lado com a criatividade, o engajamento social e a sustentabilidade. Em reunião com participação ativa dos membros, foram apresentados os principais resultados de 2024 e debatidas as próximas etapas dos projetos em andamento.
O encontro sinalizou que a articulação com outras instituições segue sendo estratégica para a capital. Com parcerias técnicas e participação em conselhos importantes, a entidade reforça sua atuação como ponte entre sociedade civil e poder público, priorizando dados, planejamento urbano e soluções sustentáveis.
Projetos estruturantes e o avanço da sustentabilidade
O eixo de atuação da FloripAmanhã foca em iniciativas de transformação urbana com base em evidências e participação popular. Um dos destaques de 2024 segue sendo o RAPI – Relatório Anual de Progresso de Indicadores, que traz um conjunto de 187 indicadores para guiar políticas públicas. O relatório consolida dados nas áreas de saneamento, mobilidade, saúde, segurança e educação, em parceria com a UFSC e o Observatório Social de Florianópolis.
A estruturação de políticas públicas a partir de indicadores técnicos permite que decisões estratégicas considerem desigualdades territoriais e impactos sociais. A incorporação desses dados se alinha aos princípios do planejamento urbano sustentável, conforme defendido por autores como Peter Hall e Jane Jacobs. Em Florianópolis, essa abordagem vem ganhando força com o apoio de universidades, entidades civis e conselhos temáticos.
Tecnologia e cidadania em pauta com inteligência artificial
A inovação tecnológica também ganhou espaço com o lançamento do chatbot de inteligência artificial no site da FloripAmanhã. A ferramenta já ultrapassou quatro mil interações desde sua criação, servindo como elo entre cidadãos e projetos da entidade. O sistema responde dúvidas, sugere formas de participação social e apresenta ações em andamento.

O evento de lançamento, ocorrido durante o painel “Cidades Inteligentes: O Papel da IA no Desenvolvimento Urbano”, abriu espaço para a reflexão sobre como a tecnologia pode contribuir com a transparência e o engajamento cívico. A presença de especialistas da ACATE e de instituições públicas deu o tom de que a inovação deve ser inclusiva e voltada ao interesse coletivo.
Cultura, gastronomia e inclusão social em destaque
Outro eixo de impacto foi o Programa Florianópolis Cidade Criativa UNESCO da Gastronomia. Através dele, a FloripAmanhã coordenou ações durante a Fenaostra, como o Show de Sabores, aulas-show com estudantes e professores, e o Seminário “Maricultura em Rede”. O evento aproximou instituições como UFSC, EPAGRI, SEBRAE e o setor produtivo.
A integração entre cultura, ciência e economia azul fortalece a maricultura como um ativo socioeconômico estratégico. Nos debates, surgiram propostas para inovação no cultivo e comercialização de ostras, com foco na agregação de valor e sustentabilidade. A presença de maricultores, gestores públicos e pesquisadores consolidou a importância da cadeia produtiva do mar para a cidade.
Espaço público, meio ambiente e revitalização urbana
Projetos como o “Adote uma Praça”, o Complexo Ambiental do Manguezal do Itacorubi e o GT REVIT (Revitalização de Espaços Urbanos e Meio Ambiente) atuam na reconexão da cidade com seus espaços naturais e comunitários. A revitalização desses ambientes tem impacto direto na qualidade de vida urbana, criando áreas de convivência, lazer e educação ambiental.
Com o apoio de moradores, ONGs, universidades e empresas, as ações têm como princípio o urbanismo participativo. Essa abordagem propõe que a ocupação do espaço urbano seja pensada em conjunto com seus usuários, respeitando a vocação de cada território. A pauta do saneamento, por meio do GT de Saneamento, complementa essa agenda, apontando soluções para gestão de resíduos e proteção de recursos hídricos.
Mobilização cidadã e impacto fiscal com o Imposto de Renda Solidário
A campanha “Seu Imposto de Renda Pode Ajudar Vidas” teve papel de destaque em 2024. A iniciativa arrecadou mais de R$ 3,4 milhões no último ciclo, destinados a fundos sociais como o FIA e o Fundo da Pessoa Idosa. Em parceria com órgãos públicos e especialistas, a associação promoveu workshops para conscientização e incentivo à destinação de recursos.
Esse tipo de mobilização amplia o senso de pertencimento social e fortalece o financiamento de políticas públicas voltadas à infância e à velhice. A estratégia propõe uma nova cultura tributária, em que os contribuintes assumem papel ativo no direcionamento de parte de seus impostos para ações locais de impacto.
- Assembleia Geral apresentou os principais avanços de 2024
- RAPI consolida 187 indicadores sobre a cidade, com apoio da UFSC
- Chatbot de IA já realizou mais de 4 mil interações no site da entidade
- Fenaostra reuniu eventos gastronômicos e seminário sobre maricultura
- Campanha do IR destinou mais de R$ 3,4 milhões a projetos sociais
- Iniciativas ambientais como o GT REVIT e o “Adote uma Praça” seguem ativas
- Planejamento urbano com base em dados é foco da FloripAmanhã
- Entidade integra conselhos estratégicos como COMDES e Floripa Sustentável