Santa Catarina autorizou o investimento de R$ 35 milhões em um novo sistema de monitoramento facial com inteligência artificial. O projeto vai instalar mil câmeras em 60 cidades com mais de 25 mil habitantes, reforçando o compromisso do governo estadual com a segurança pública.
Testado durante o Carnaval de Florianópolis, o sistema permitiu a identificação e prisão de foragidos da Justiça. A tecnologia será conectada a um banco de dados da Secretaria de Segurança Pública, gerando alertas em tempo real para a polícia em caso de reconhecimento facial de indivíduos com pendências judiciais.
Segurança pública ganha novo fôlego com o uso da tecnologia
Câmeras inteligentes cruzam imagens captadas com bancos de dados da Secretaria da Segurança Pública. Ao identificar rostos de pessoas procuradas ou desaparecidas, o sistema aciona a central e direciona equipes para abordagem. A medida busca elevar o padrão de vigilância urbana sem depender apenas de patrulhamento físico.
O governador Jorginho Mello defende a modernização da estrutura de segurança com base em evidências. Segundo ele, a tecnologia testada em eventos de grande porte mostrou resultados práticos, como a captura de cinco foragidos, durante ações realizadas com apoio de inteligência artificial e análise de dados.
Inteligência artificial acelera respostas da polícia
A tecnologia utilizada integra algoritmos de visão computacional com IA treinada em reconhecimento facial. Esse sistema tem capacidade de captar traços biométricos com acurácia superior a 95%, conforme apontam testes da própria SSP com base em normas internacionais de validação.
Quando uma câmera reconhece um rosto, envia a imagem para um servidor central. Esse banco cruza dados com registros de mandados de prisão, alertas de desaparecimento e perfis de alta periculosidade. A partir da confirmação, uma viatura próxima é enviada. A atuação automatizada reduz o tempo médio de resposta das guarnições.
Sistema será instalado em municípios com mais de 25 mil habitantes
Cidades com maior fluxo populacional foram priorizadas na fase inicial do projeto. O critério populacional acima de 25 mil habitantes responde à lógica de distribuição proporcional de ocorrências e viabilidade técnica de instalação. Municípios como Joinville, Blumenau, São José, Chapecó e Criciúma devem receber equipamentos nos próximos meses.
As câmeras serão posicionadas em locais estratégicos como entradas de escolas, terminais de ônibus, avenidas principais e áreas de grande circulação. O objetivo é ampliar a cobertura de vigilância preventiva e dissuadir atividades criminosas de forma contínua e automatizada.
Tecnologia será estendida a escolas e áreas de vulnerabilidade
O governo estuda aplicar o sistema em escolas da rede estadual. A intenção é proteger estudantes e servidores contra possíveis ameaças. A tecnologia também será útil no mapeamento de pessoas em situação de rua, criando um banco de dados que poderá orientar ações sociais coordenadas.
Segundo o coronel Flávio Graff, a integração entre o sistema de monitoramento e os programas sociais amplia o alcance da política de segurança. Com isso, será possível identificar vulnerabilidades urbanas e responder de maneira mais eficiente a situações que envolvam risco ou emergência.
- R$ 35 milhões destinados à segurança com tecnologia de IA
- Mil câmeras serão instaladas em 60 cidades catarinenses
- Sistema detecta rostos e emite alertas para a polícia em tempo real
- Testes no Carnaval identificaram cinco foragidos da Justiça
- Projeto inclui vigilância em escolas e mapeamento de pessoas em situação de rua
