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Operação “Primeiro Gole”: Procon de São José intensifica fiscalização contra bebidas adulteradas

O Procon de São José reforçou a fiscalização sobre a comercialização de bebidas alcoólicas no município e emitiu um alerta à população sobre os riscos do consumo de produtos adulterados. A medida foi destacada pelo diretor-geral do órgão, Tetê Souza, que em entrevista ao Portal ExpressoNews, enfatizou a importância de verificar a procedência das bebidas e de priorizar compras em estabelecimentos de confiança. Segundo ele, as ações preventivas e de monitoramento do Procon visam coibir a venda de produtos falsificados e proteger a saúde dos consumidores.

Um alerta que nasceu da prática

A Prefeitura de São José, por meio do Procon Municipal, tem reforçado a fiscalização sobre a venda de bebidas alcoólicas na cidade com a Operação Primeiro Gole, criada em agosto deste ano. À frente da iniciativa está o diretor-geral do órgão, Tetê Souza, que tem conduzido ações para combater o comércio clandestino e orientar comerciantes e consumidores sobre os riscos das bebidas adulteradas.

A Operação Primeiro Gole a gente criou em agosto, junto com a ABRAB, que é a Associação Brasileira de Bebidas”, contou Souza, durante entrevista. “Na época, ainda não estávamos no auge dos casos de metanol, como aconteceu agora há poucos dias, mas já recebíamos reclamações e relatos de que bebidas falsificadas estariam sendo vendidas.”

A partir dessas denúncias, o Procon decidiu agir preventivamente — e os resultados apareceram rapidamente.

Operação “Primeiro Gole”: Procon de São José intensifica fiscalização contra bebidas adulteradas
O Procon de São José, sob direção de Tetê Souza, intensifica fiscalizações e ações educativas para proteger o consumidor e combater bebidas adulteradas

500 garrafas fora de circulação

Durante a primeira etapa da operação, os fiscais recolheram mais de 500 garrafas de bebidas consideradas irregulares. Algumas estavam adulteradas, enquanto outras eram descaminhadas, ou seja, entraram no país sem pagamento de impostos e sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A maioria dessas garrafas eram descaminhadas”, explicou o diretor. “Entravam na cidade ou no Brasil de forma ilegal, sem pagar imposto, sem registro. Essas bebidas acabam chegando ao comércio por preços muito baixos e, por isso, atraem empresários desavisados.”

De acordo com Souza, o material apreendido foi encaminhado para análise e posterior destruição, com o vidro sendo destinado à reciclagem e o conteúdo líquido transformado em álcool para uso industrial.

A armadilha do preço baixo

O diretor-geral do Procon ressalta que o preço é o primeiro sinal de alerta para o consumidor e também para o comerciante. “O fornecedor, às vezes, compra de alguém que não deu nota. Compra de atravessadores, gente que traz bebida de fora, do Paraguai, e não passa pelos órgãos de fiscalização”, explicou. “O preço atrai, mas é uma armadilha: você não sabe de onde veio, como foi armazenada, quanto tempo ficou no sol.”

Ele cita casos em que as garrafas estavam mal lacradas, sem selo do Mapa ou com rótulos em idiomas estrangeiros sem tradução. “As empresas sérias investem muito no lacre”, disse. “É difícil clonar. Tenho provas aqui: a diferença entre uma garrafa legítima e uma falsificada está justamente no lacre.”

O perigo das bebidas artesanais sem controle

Além das bebidas descaminhadas, a equipe do Procon encontrou produtos artesanais sem qualquer tipo de registro sendo vendidos como se fossem bebidas comerciais. Souza contou que parte das apreensões incluía cachaças produzidas em residências, sem rótulo, validade ou informação sobre ingredientes.

Isso é amadorismo, disse. “Tu pode fazer em casa para beber, mas não para vender. O consumidor não tem ideia do que está colocando dentro do corpo. Não sabe a quantidade de álcool, de saborizantes, de conservantes. É um risco enorme à saúde.”

Fiscalização sem punição — por enquanto

A primeira fase da operação teve caráter educativo. Nenhum comerciante foi multado, mas todos receberam prazo de 20 dias para responder às notificações e comprovar a procedência dos produtos apreendidos.

Sempre que o Procon vai, a gente não multa na primeira vez, a não ser em casos extremos”, explicou Tetê Souza. “Quando é produto vencido e a gôndola está cheia, aí não tem como não autuar. Mas quando é o primeiro caso, a gente orienta.”

Os estabelecimentos foram instruídos a corrigir falhas também relacionadas ao Código de Defesa do Consumidor, como a ausência de preços nas vitrines e prateleiras, prática considerada irregular por induzir o cliente ao constrangimento de precisar perguntar o valor.

Mercadoria na vitrine é obrigada a ter preço”, enfatizou o diretor. “Nós fizemos uma operação num shopping de Itaguaçu e outro no Continente, e em ambos encontramos produtos sem etiqueta. Isso foi corrigido.”

A nova etapa da operação

Com o aumento dos casos de intoxicação por metanol em outras regiões do país, o Procon decidiu intensificar as ações. Segundo Souza, novas fiscalizações devem ocorrer ainda antes do final do ano, com foco tanto em bares e restaurantes quanto em distribuidoras e casas noturnas.

Nós voltamos às ruas e recolhemos várias garrafas novamente”, contou. “E vamos continuar. Devem acontecer mais duas ou três ações até o fim do ano. O objetivo é proteger o consumidor e garantir que o empresário entenda o risco que corre ao comprar bebida de descaminho.”

Educação como ferramenta de prevenção

Além da fiscalização, o Procon de São José prepara um programa de educação para o consumo consciente. A partir do próximo ano, a equipe deve promover palestras em escolas, grupos de idosos e associações comunitárias, abordando desde o combate a produtos irregulares até orientações sobre golpes financeiros.

Aqui no Procon, a gente atende cerca de 60 pessoas por dia”, explicou o diretor. “Mas queremos ir além do atendimento. Vamos começar a fazer palestras educativas, especialmente com crianças e idosos. Queremos que as crianças levem a informação para casa — que avisem os pais sobre golpes, sobre não clicar em links suspeitos, e que saibam reconhecer quando algo parece bom demais para ser verdade.”

Compromisso com o consumidor

A Operação Primeiro Gole, segundo Tetê Souza, reforça o papel do Procon como órgão de defesa e educação do consumidor, e não apenas de punição. “A ideia é orientar primeiro, agir com responsabilidade”, afirmou. “Nosso trabalho é pedagógico, mas firme. Quando há reincidência, aí sim, aplicamos as sanções previstas.”

O diretor lembra que o Procon mantém atendimento gratuito à população por meio do robô Sofia, via WhatsApp (48) 99679-1944, disponível 24 horas, além do atendimento presencial na sede do órgão, localizada na Av. Acioni Souza Filho, 2114, Beira-Mar de São José, de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h20.

Tetê Souza reforçou o compromisso do órgão com a segurança do consumidor e deixou um alerta:
Comprar bebida de procedência duvidosa é brincar com a própria vida. O barato pode sair muito caro. Nosso papel é garantir que o consumidor tenha confiança no que está comprando e que o comércio da cidade atue dentro da lei.

Procon de São José amplia ações e aposta em tecnologia e educação para 2026

Foco nas operações de fim de ano

O Procon de São José se prepara para encerrar o ano com uma série de ações voltadas à fiscalização do comércio e à proteção do consumidor, especialmente no período natalino. De acordo com o diretor-geral do órgão, Tetê Souza, o trabalho será intensificado nas próximas semanas, com foco em vitrines, preços e regularidade das promoções, além de novas etapas da Operação Primeiro Gole, que combate a venda de bebidas adulteradas e de procedência duvidosa.

A gente vai encerrar o ano agora com algumas ações que já estão marcadas, principalmente de final de ano, que é a questão do Natal, que mexe com toda a população”, explicou Souza. “Vamos orientar diversas lojas com preço em vitrine, com fiscalização, e também encerrar o ano com mais operações do Primeiro Gole.”

A meta do Procon é reforçar a presença educativa e fiscalizatória nas ruas e no comércio, garantindo que o aumento das vendas de fim de ano não comprometa os direitos do consumidor. “O Natal é o momento em que todo mundo quer comprar um presente, e é também quando surgem muitos abusos. Nosso papel é equilibrar essa relação”, afirmou.

Educação como escudo contra golpes

Para 2026, o Procon planeja um amplo programa de ações educativas voltadas à conscientização do consumidor. A proposta é criar uma cartilha informativa e levar palestras a escolas, grupos de idosos e associações comunitárias, com o objetivo de alertar sobre golpes cada vez mais sofisticados e comuns no ambiente digital.

O golpe hoje está profissional”, alerta Tetê Souza. “O consumidor precisa estar atento. Às vezes, só de escanear um QR Code, você já entrega todos os seus dados para alguém que vai usar aquilo contra você. Por isso, a maioria das vezes é melhor educar e orientar do que depois deixar virar uma dor de cabeça.”

O diretor ressalta que a educação para o consumo é uma das prioridades do órgão para o próximo ano. “A gente quer ensinar o consumidor a reconhecer falsas promessas, a desconfiar do que é muito barato ou muito fácil. Quando a oferta é boa demais, tem cheiro de picaretagem no meio”, completa.

Essas ações estarão integradas ao calendário permanente de fiscalização e atendimento, reforçando a proposta de que 2026 será o “ano do Procon” em São José, com presença constante junto à comunidade.

O super WhatsApp do Procon

Entre as inovações tecnológicas que já estão em funcionamento, o destaque é o WhatsApp do Procon de São José — (48) 99679-1944, uma ferramenta de atendimento automatizado com inteligência artificial, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

Esse WhatsApp do Procon é uma inteligência artificial que funciona sete dias por semana, 24 horas por dia”, explicou Tetê Souza. “Quando você manda uma mensagem, dizendo que tem uma dúvida ou quer saber se tem direito, a nossa inteligência artificial já vai lá no Código de Defesa do Consumidor e encontra o artigo exato. Ela responde na hora.”

O sistema não apenas tira dúvidas, mas também permite agendar atendimentos presenciais. “Se você tem direito a uma reclamação, ele já pergunta: quer marcar um horário no Procon?” relatou o diretor. “O próprio WhatsApp mostra os dias e horários disponíveis, tudo de forma automática e sem precisar ligar para o órgão.”

Souza explica que o canal digital tem se mostrado uma ferramenta eficaz para agilizar o atendimento e aproximar o cidadão do Procon, especialmente em casos simples, que podem ser resolvidos sem deslocamento até a sede.

Inteligência artificial a serviço do consumidor

O Procon de São José também deve implantar, ainda neste ciclo, uma nova tecnologia que promete revolucionar o registro de reclamações presenciais. A ideia é utilizar um sistema de microfone inteligente nas mesas de atendimento, capaz de captar o relato do consumidor e gerar automaticamente um resumo do caso, incluindo o artigo correspondente do Código de Defesa do Consumidor.

O consumidor vai chegar, relatar tudo no microfone, e a inteligência artificial vai transformar a fala em texto resumido, destacando apenas o que é necessário”, explicou o diretor. “Assim o atendente já recebe o caso pronto, com base legal, o que agiliza o atendimento e melhora a precisão da resposta.”

Segundo Souza, o uso da tecnologia não substitui o atendimento humano, mas o torna mais eficiente. “A inteligência artificial serve para ajudar, não para substituir. Ela organiza as informações e dá suporte para que o atendente possa ouvir melhor o cidadão.

O sistema também vai facilitar a preparação de audiências e a formalização de autos de infração, reduzindo o tempo entre o atendimento e a ação fiscalizatória. “Se não houver acordo, o processo segue para o nosso fiscal, que avalia se cabe auto ou não. Tudo isso de forma mais ágil e documentada”, explicou.

Ao concluir a entrevista, Tetê Souza reforçou que a meta é modernizar o Procon sem perder o foco humano que caracteriza o órgão. “Nosso objetivo é estar mais perto do consumidor, com tecnologia, educação e diálogo. O cidadão de São José pode contar conosco — seja na sede, nas ações de rua ou pelo WhatsApp (48) 99679-1944.

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