A memória de São José ganhou destaque na noite de 19 de agosto, quando o Museu Histórico Gilberto Gerlach recebeu o I Seminário História e Patrimônio Cultural. O evento fez parte do projeto Terça na Praça e reuniu estudiosos, gestores públicos e comunidade interessados em fortalecer os vínculos com o passado josefense.
O encontro destacou como documentos, esculturas e registros jornalísticos ajudam a explicar o percurso da cidade ao longo dos séculos. Ao revelar fatos pouco conhecidos e dar visibilidade a pesquisas recentes, o seminário se tornou um marco para quem busca compreender a identidade coletiva do município.

História e patrimônio cultural de São José
Pesquisadores apresentaram estudos que variaram da restauração de documentos eclesiásticos do século XIX até reflexões sobre o Jardim das Esculturas, espaço artístico erguido no período contemporâneo. Cada abordagem mostrou que a história local não se encontra apenas em museus, mas nas ruas, nos jornais antigos e até mesmo em práticas culturais transmitidas de geração em geração.
Ao ser analisada de modo técnico, a conservação de papéis históricos revelou detalhes sobre a umidade relativa do ar e a acidez das tintas, fatores determinantes para a durabilidade de manuscritos. Esses dados, frequentemente usados em centros de preservação documental, reforçaram a importância de medidas científicas no processo de resguardar a memória coletiva.
O papel da imprensa na memória josefense
Um dos trabalhos apresentados se dedicou ao jornal O Relator, responsável por registrar a visita de Dom Pedro II à cidade. O relato impresso ultrapassou o valor informativo e se consolidou como testemunho material de uma época em que a imprensa emergia como principal meio de difusão cultural e política.
Esses registros demonstraram como a história local dialoga com o cenário nacional. O contato entre a presença imperial e a rotina josefense se tornou parte de uma narrativa mais ampla, permitindo que a comunidade visualize seu território como integrante de processos históricos maiores.
Comunidade e preservação do patrimônio
A participação da população no seminário revelou a dimensão cidadã do evento. Quando moradores reconhecem sua herança cultural, fortalecem o compromisso de preservar bens arquitetônicos, acervos museológicos e tradições orais.
O secretário de Cultura e Turismo, Toninho da Silveira, reforçou esse vínculo, destacando que preservar a história garante às gerações futuras a compreensão de suas origens. Essa percepção aproximou políticas públicas de ações comunitárias, estimulando um diálogo intergeracional.
Patrimônio como prática viva
Realizado na mesma semana em que se celebraram o Dia do Patrimônio Cultural e o Dia do Historiador, o seminário ganhou simbolismo adicional. As reflexões apresentadas mostraram que patrimônio cultural não se resume a prédios tombados, mas envolve manifestações artísticas, festas religiosas e memórias coletivas.
Ao ser tratado como prática viva, o patrimônio se torna elemento ativo na construção da cidadania. A experiência do seminário confirmou que cuidar do passado significa também orientar os rumos do futuro.
- Seminário ocorreu em 19 de agosto no Museu Histórico Gilberto Gerlach
- Evento integrou o projeto Terça na Praça
- Pesquisas apresentaram desde documentos do século XIX até arte contemporânea
- Jornal O Relator destacou a visita de Dom Pedro II
- Comunidade participou ativamente das discussões
- Encontro coincidiu com o Dia do Patrimônio Cultural e o Dia do Historiador