A capacitação promovida em Palhoça, no dia 10 de junho, reuniu cerca de 30 servidores da Saúde para um encontro conduzido por profissionais da Assistência Social. Organizado pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps), o evento buscou fortalecer a integração entre os serviços da rede socioassistencial e o CAPS I (Centro de Atenção Psicossocial).
Com foco no atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade, a formação apresentou os equipamentos e práticas da assistência social e incentivou uma atuação mais resolutiva e colaborativa entre os setores. A atividade evidenciou como o alinhamento entre áreas distintas pode qualificar o cuidado em saúde mental.
Integração entre saúde e assistência social
A proposta da formação passou por discutir as relações institucionais entre os serviços da saúde pública e os dispositivos da assistência, como CRAS, CREAS e acolhimentos institucionais. A integração entre essas frentes ganhou destaque como instrumento para evitar encaminhamentos desnecessários e garantir respostas mais eficientes às famílias atendidas.
O coordenador Douglas Garcia defendeu que compreender os limites e as potencialidades de cada política permite que os profissionais promovam uma escuta qualificada e um cuidado mais humano. Segundo ele, encontros como esse favorecem a construção de fluxos mais eficazes para casos de sofrimento mental e vulnerabilidade social.
O papel do CAPS na rede de atenção psicossocial
O CAPS I de Palhoça atua como um dos principais dispositivos de atenção em saúde mental no município. Voltado ao cuidado contínuo de pessoas com transtornos psíquicos, o serviço funciona em regime de portas abertas e busca o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Durante a capacitação, os participantes exploraram a lógica de funcionamento do CAPS e discutiram o papel da assistência social no suporte a esses usuários. A atuação intersetorial foi apresentada como estratégica, principalmente em contextos de crise, reincidência e desproteção.
Educação permanente como política pública
A qualificação promovida pelo NEPS se insere em uma política institucional de formação continuada que valoriza o protagonismo dos trabalhadores da rede. A educação permanente rompe com modelos tradicionais de capacitação ao propor a reflexão crítica sobre o cotidiano do trabalho e as relações entre os setores.
Essa abordagem é respaldada por diretrizes do SUS e do SUAS, que reconhecem o trabalhador como sujeito ativo da transformação dos serviços. A formação se organizou em momentos teóricos e práticos, com trocas de experiências e construção coletiva de estratégias de atendimento.
Resultados esperados na ponta do serviço
A expectativa da equipe organizadora recai sobre mudanças concretas no atendimento aos usuários. A partir do encontro, a meta é que os servidores ampliem seu repertório de atuação, saibam acionar os equipamentos corretos e consigam interpretar com mais precisão os contextos sociais das demandas que recebem.
O fortalecimento do diálogo entre as equipes técnicas tende a refletir na construção de projetos terapêuticos mais eficazes, na prevenção de agravos e na ampliação da autonomia dos sujeitos em sofrimento.
- Capacitação ocorreu no dia 10 de junho, em Palhoça, com 30 servidores
- Evento foi conduzido por profissionais da Assistência Social e do NEPS
- Formação abordou a articulação entre Saúde e Assistência Social
- CAPS I foi apresentado como eixo central da rede de atenção psicossocial
- Estratégia busca fortalecer o acolhimento e reduzir vulnerabilidades
