Nos últimos seis meses, mais de 3.200 toneladas de móveis e eletrodomésticos foram retiradas das ruas de São José. A prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura, atua com uma força-tarefa diária para conter o problema, que compromete a paisagem urbana e gera riscos à saúde pública.
Com um custo mensal de R$ 491 mil, a operação é mantida com recursos municipais e estrutura permanente de caminhões e equipes. A população tem acesso a um serviço gratuito de agendamento, mas parte dos moradores ainda descarta irregularmente os resíduos, mesmo com alternativas acessíveis.
Descarte irregular compromete saúde pública e meio ambiente
Móveis abandonados acumulam água parada, obstruem bueiros e tornam-se criadouros de vetores como o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Estudos de vigilância ambiental apontam que resíduos volumosos descartados em locais impróprios elevam em até 70% os focos de proliferação do mosquito em áreas urbanas.
Colchões, sofás e geladeiras, quando largados em terrenos baldios, representam risco direto ao bem-estar da população. Sem contar a contaminação do solo e o impacto sobre o sistema de drenagem, que agrava alagamentos em períodos de chuva intensa.
Mutirões diários atuam nos bairros mais críticos
Sete caminhões percorrem os bairros com maior índice de descarte irregular. Mais de 600 viagens foram realizadas apenas no primeiro semestre, com apoio de 14 ajudantes e sete motoristas. A operação cobre toda a cidade, mas o acúmulo de resíduos persiste em regiões com histórico de reincidência.
A força-tarefa concentra esforços em locais onde o descarte é constante. Mesmo com ações de conscientização e campanhas informativas, muitos moradores insistem em abandonar os itens nas calçadas, ignorando os canais de atendimento da Prefeitura.
Coleta gratuita pode ser agendada por telefone e WhatsApp
O serviço oficial pode ser acionado pelo 0800-644-9040 ou pelo WhatsApp (48) 98827-4447, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Após o agendamento, a equipe define o dia da coleta, e o morador precisa apenas posicionar os itens na calçada.
A medida busca evitar que móveis acabem em áreas públicas e rios urbanos. Apesar da simplicidade do processo, grande parte da população ainda desconhece o serviço ou não confia em sua eficácia, o que acarreta custos elevados para o município.
Destinação correta preserva o espaço urbano
Os materiais recolhidos seguem para locais de triagem ou descarte ambientalmente adequado. Alguns itens são aproveitados por cooperativas e projetos de reciclagem, enquanto outros recebem destinação segura conforme sua composição.
A operação evita que os resíduos cheguem a aterros sanitários sem qualquer aproveitamento, promovendo práticas sustentáveis e reduzindo a sobrecarga no sistema de limpeza pública. A separação correta também facilita a reciclagem de metais, espumas e plásticos.
Alternativas legais incluem os PEVs e serviços com a Ambiental
Quem preferir, pode levar os itens diretamente ao Ponto de Entrega Voluntária (PEV), em Potecas, aberto de segunda a sábado. A entrega é limitada a 1m³ por cidadão. Já a empresa Ambiental, responsável pela coleta regular de lixo, oferece agendamento complementar via telefones (48) 3112-3344 ou (47) 99963-5900.
Esse tipo de coleta, incluso na Tarifa de Limpeza Urbana, contempla também restos de poda. O prazo pode variar até 10 dias úteis, sendo uma alternativa para quem não consegue aguardar a retirada pela equipe da Secretaria de Infraestrutura.
• Mais de 3 mil toneladas de resíduos foram recolhidas em 6 meses
• Prefeitura investe R$ 491 mil mensais para manter o serviço
• Coleta gratuita pode ser agendada por telefone ou WhatsApp
• Descarte incorreto compromete saúde e causa prejuízos à cidade
• Alternativas legais incluem o PEV e serviço da Ambiental
