As recentes ações do Supremo Tribunal Federal — como bloqueio do uso de redes sociais por Bolsonaro, cercamento de fontes de financiamento externo e imposição de tornozeleira eletrônica — desencadearam uma onda de retaliações dos EUA, invertendo papéis e polarizando o debate internacional ReutersCadena SER.
Cassação de vistos e passaportes
Em represália, Washington cassou vistos de oito ministros do STF — entre eles Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia —, atingindo inclusive familiares The Guardian. A medida se soma à perda de passaporte de Bolsonaro — apreendido pela PF após decisão judicial — aumentando a escalada diplomática

STF e ataques à “big tech”
Trump justificou a tarifa de 50% incluindo acusações de “ordens secretas e ilegais de censura” contra empresas como X e Trump Media, emitidas pelo STF UOL Notícias. Essa narrativa foi fortalecida por interferência do Judiciário em plataformas digitais, que gerou atenção global e reforçou a retórica protecionista americana.
Impacto institucional interno
A expedição de decisões restritivas pelo STF tem sido criticada por aliados de Bolsonaro como autoritária, enquanto setores moderados veem risco de desgaste institucional em um país que enfrenta sanções externas. A cena judicial reforça a narrativa estrangeira de “viés ideológico” na Corte.
Retaliações econômicas conectadas
O ataque jurídico convergente (judicial) e econômico (tarifa) alimentou o discurso americano de pressão “junto ao governo Lula e ao Judiciário”, provocando resposta institucional brasileira. Há debates sobre limites legais e os poderes do STF em influenciar política externa via decisões internas.
Perspectivas jurídicas e diplomáticas
Analistas ressaltam que o episódio coloca o STF em posição delicada no plano internacional — decisões sob critério jurídico interno ganharam repercussão diplomática. Amanhã, o Judiciário deve enfrentar um escrutínio ainda mais duro no cenário global, com ministros diretamente vinculados a sanções.