A nova ponte da Lagoa da Conceição teve seu tráfego parcialmente liberado na manhã desta sexta-feira, 4 de julho, com cerimônia que reuniu autoridades e comunidade. O fluxo de veículos começou a operar pela faixa da direita no sentido Centrinho–Rendeiras, marcando uma etapa importante da obra viária mais aguardada da região.
Com estrutura já asfaltada, iluminada e sinalizada, a liberação parcial representa um alívio ao trânsito local, que enfrenta sobrecarga há décadas. A inauguração contou com a presença do prefeito Topázio Neto e do governador Jorginho Mello, que percorreram a ponte de Karmann-ghia antes da abertura oficial.

Nova ponte da Lagoa impulsiona mobilidade na região
A abertura da nova ponte reflete uma resposta concreta à demanda reprimida por melhorias na mobilidade da Lagoa da Conceição, um dos pontos mais movimentados da capital. Projetada para dar fluidez ao tráfego de aproximadamente 20 mil veículos diários, a ponte ainda opera parcialmente, mas já mostra impactos na organização do trânsito local.
A nova configuração exige atenção dos motoristas. O acesso se dá por um desvio temporário no Centrinho, enquanto o sentido inverso permanece sendo feito pela ponte antiga. A entrega completa da estrutura está prevista para setembro.
Estrutura moderna prioriza acessibilidade e múltiplos modais
Com 214 metros de extensão e 17 metros de largura, a nova ponte foi pensada além do tráfego de carros. A estrutura contempla duas faixas de rolamento, ciclovia bidirecional e passeios para pedestres, garantindo circulação segura e acessível para diferentes modais.
A altura da ponte, três vezes maior que a antiga, facilita a navegação na lagoa, liberando um vão de 6 metros na maré cheia. A ciclovia se conecta diretamente com outras rotas cicloviárias e com o novo terminal lacustre, promovendo integração entre transporte terrestre e aquático.

Investimento conjunto entre município e Estado
A obra, com custo de R$ 53 milhões, é resultado de parceria entre a Prefeitura de Florianópolis e o Governo do Estado. Licenças ambientais e autorizações federais foram obtidas para viabilizar a construção. A execução está sob responsabilidade da Cejen Engenharia, com prazo contratual de dois anos.
Mais que resolver gargalos urbanos, o projeto pretende requalificar toda a área da travessia. A ponte antiga será demolida após a conclusão da nova, abrindo espaço para um boulevard e áreas de contemplação com paisagismo e estrutura pública.
Revitalização do entorno prevê espaços de convivência
Além da ponte, o projeto inclui a criação de praças nos dois lados da travessia. No Centrinho, uma praça de 650 m² com sanitários, bancos, mesas e iluminação está em andamento. Do outro lado, junto à Avenida das Rendeiras, outra praça ocupará o espaço da cabeceira da ponte antiga.
Destaca-se o deck de madeira já finalizado que liga a ponte ao novo Terminal Lacustre Ruth Bastos de Oliveira, inaugurado em 2024. O terminal dispõe de bicicletários, sanitários acessíveis e área de espera coberta, integrando mobilidade, turismo e qualidade de vida.
Sustentabilidade ambiental e valorização da paisagem
A nova ponte também atende a objetivos ecológicos, ao permitir maior oxigenação entre a Lagoa da Conceição e a Lagoa Pequena. Essa mudança favorece o equilíbrio do ecossistema local, afetado há décadas pela limitação da ponte anterior.
Do ponto de vista arquitetônico, a estrutura curva e elevada valoriza visualmente o entorno natural, aproximando urbanismo e paisagem. Com licenciamento ambiental obtido junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA), o projeto respeita critérios de sustentabilidade e preservação.
- Tráfego parcial já liberado no sentido Rendeiras
- Ponte possui ciclovia, passeios e altura de 6 metros
- Estrutura custou R$ 53 milhões em parceria pública
- Terminal Lacustre já funciona com acessibilidade
- Nova praça e boulevard previstos após demolição da ponte antiga